São uma das principais causas de perda de visão no mundo, afetando milhões de pessoas, mas o que são exatamente cataratas e por que podem passar despercebidas durante anos?
Mais de 50% dos adultos, especialmente após os 60 anos, apresentam algum grau significativo de catarata. E o mais curioso? Alguns só percebem o impacto desta condição ocular, quando começa a interferir nas tarefas do dia a dia, como conduzir à noite, ver televisão, ou reconhecer rostos familiares.
O grande desafio das cataratas é a sua evolução silenciosa. Por isso, é essencial aprender a identificar sinais precoces, conhecer os fatores de risco e tomar decisões informadas sobre a prevenção e o tratamento deste distúrbio oftalmológico.
Afinal, o que são as cataratas nos olhos?
As cataratas surgem quando o cristalino, a lente natural do olho responsável por focar a luz na retina, começa a perder a sua transparência e começa a ficar opaco. Quando isto acontece, a luz deixa de passar corretamente, fazendo com que as imagens fiquem baças ou turvas.
Imagine tentar olhar para uma paisagem, através de uma janela coberta por uma camada de pó: é assim que o mundo começa a ser visto por quem tem cataratas.
O que acontece aos olhos, quando surgem cataratas?
Muitas pessoas começam a notar mudanças subtis na sua visão: cores menos vivas, luzes que parecem criar reflexos ou uma sensação de que a leitura exige cada vez mais esforço.
Superficialmente, podem parecer apenas sinais de envelhecimento ou de fadiga ocular, mas, em muitos casos, são os primeiros indícios de cataratas.
Como é a visão de quem tem cataratas?
É importante destacar que a opacidade do cristalino pode aparecer em diferentes regiões do olho e nem sempre afeta ambos os olhos da mesma forma.
Dependendo de onde a catarata se forma, a visão pode ser afetada de maneiras diferentes:
- se estiver no centro, pode causar uma visão mais desfocada, dificultando a leitura, por exemplo;
- se estiver mais nas bordas, pode provocar reflexos ou halos ao redor das luzes, tornando as imagens menos nítidas;
- em alguns casos, a perceção das cores e o contraste do que vemos também podem diminuir.
Tipos de cataratas mais comuns
Existem muitos tipos de cataratas nos olhos, que são classificados consoante a localização e a causa para o seu desenvolvimento. Vejamos os exemplos mais frequentes.
Catarata senil (relacionada com a idade)
É a mais frequente, surgindo de forma gradual com o envelhecimento. Afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos, embora os fatores genéticos e o estilo de vida também influenciem o seu desenvolvimento.
Catarata congénita (ou pediátrica)
Como o próprio nome indica, este tipo de catarata é herdado. Está presente desde o nascimento, ou desenvolve-se nos primeiros anos de vida da pessoa. Pode estar associada a fatores genéticos ou a infeções congénitas, durante a gravidez.
Catarata secundária
Pode surgir devido a doenças crónicas (como a diabetes), ao uso prolongado de corticoides ou após cirurgias oculares (como ao glaucoma).
Catarata traumática
Resulta, sobretudo, de lesões oculares, que podem acelerar a opacificação do cristalino mesmo em pessoas mais jovens.
Entender as causas para prevenir: o que origina as cataratas?
Embora o envelhecimento seja a causa mais conhecida das cataratas, não é o único fator responsável pelo seu aparecimento. Na verdade, esta condição pode resultar de uma combinação de elementos — alguns inevitáveis e genéticos, outros diretamente ligados ao estilo de vida e aos cuidados com a saúde ocular.
Envelhecimento natural do cristalino
O envelhecimento é o principal fator de risco das cataratas. Com o tempo, as proteínas do cristalino degradam-se, formando opacidades que afetam a visão.
Condições médicas de risco
Existem certas doenças e condições de saúde crónicas que podem influenciar o desenvolvimento de cataratas, como:
- diabetes;
- hipertensão não controlada;
- inflamações oculares crónicas (como retinose pigmentar).
Hábitos e exposição a fatores ambientais
Os fatores ambientais que nos rodeiam, assim como os hábitos de vida menos saudáveis, têm uma influência direta no aumento dos radicais livres (moléculas instáveis) no nosso corpo. Alguns dos fatores de risco que podem influenciar o desenvolvimento de cataratas são:
- fumo do tabaco;
- consumo de álcool em excesso;
- presença de toxinas no ar;
- exposição prolongada, sem proteção, à radiação ultravioleta (UV) do sol;
- alimentação pobre em antioxidantes.
H3. Herança genética
Segundo os estudos clínicos, o histórico familiar pode ter peso no desenvolvimento deste problema ocular. Como explicamos anteriormente, algumas mutações genéticas podem potenciar a catarata congénita, ou tornar o cristalino mais vulnerável com o avançar da idade.
Quais são os sintomas das cataratas?
Os sintomas podem surgir de forma gradual e passar despercebidos, mas geralmente manifestam-se por meio de
- visão turva, embaçada ou dupla;
- dificuldade de ver à noite;
- sensibilidade à luz;
- alterações na perceção das cores (estas podem parecer mais desbotadas do que o normal);
- surgimento de halos, ou riscas, à volta de luzes.
As cataratas podem provocar dor?
As cataratas, na maioria das vezes, não provocam dor, mas podem causar desconforto, tornando os olhos mais sensíveis à luz.
Avaliação e diagnóstico das cataratas
As cataratas são diagnosticadas por oftalmologistas e optometristas, mediante um exame oftalmológico completo que pode incluir:
- avaliação da acuidade visual;
- exame com lâmpada de fenda ou biomicroscopia;
- medição da pressão intraocular.
Se precisar de aconselhamento clínico especializado, a equipa da Optivisão pode ajudar. Através de um diagnóstico completo e personalizado, conseguimos aconselhá-lo com precisão, para cuidar da sua visão com a máxima confiança.
Qual o melhor tratamento para as cataratas?
A forma mais precisa para tratar as cataratas é a cirurgia, que permite substituir o cristalino do olho por uma lente intraocular transparente.
Para ter uma noção mais precisa da precisão deste tratamento, a taxa de sucesso é superior a 95%, restaurando totalmente a visão na maioria dos casos.
Como tratar as cataratas nos olhos sem cirurgia?
Até ao momento, não existe um tratamento farmacológico comprovado capaz de reverter a opacificação do cristalino; a cirurgia continua a ser a única solução eficaz. A utilização de lentes oftálmicas pode, no entanto, proporcionar uma melhoria temporária da visão.
As cataratas podem voltar, após a cirurgia?
Tecnicamente, a catarata não é reincidente após a cirurgia. Durante a intervenção médica, a lente natural é substituída por uma lente intraocular (LIO). Como esta é feita de material sintético, não se degrada da mesma forma do que a natural.
No entanto, em alguns casos, pode surgir uma condição chamada “catarata secundária”. Tecnicamente designada opacificação capsular posterior, esta situação pode causar visão turva — mas não é uma catarata verdadeira. Esta afeta a parte do olho que sustenta a lente e não a própria lente.
Como prevenir as cataratas?
Não é possível prevenir todas as cataratas, mas algumas medidas reduzem o risco ou retardam o seu aparecimento, como:
- usar óculos de sol com proteção UV;
- evitar fumar;
- controlar doenças como a diabetes;
- manter uma alimentação rica em frutas, legumes e antioxidantes;
- realizar exames oftalmológicos/optométricos regulares, especialmente após os 50 anos.
Exame visual Optivisão: o primeiro passo para olhos saudáveis
Agendar um teste visual é a forma mais eficaz de entender o que são cataratas, detetando-as precocemente, enquanto recebe orientação sobre prevenção e tratamento.
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